Dia do contrário – 3º dia em Baires

Ontem, a night... Fiasco total!

Nos perdemos nas ruas, e a noite não é uma boa hora para se perder... Onde passávamos os homens mais saidinhos diziam "Chicas hermosas", resolvemos pegar um taxi e ir pra Puerto Madero... Eram 1h30 da madrugada (descobrimos que nesse ponto a internet mente descaradamente), pelo menos lá! O Puerto é muito bonito, mas não conseguimos comer nada, só estavam servindo bebidas pois estavam "cerrando". Uma droga mesmo! Acabamos bebendo umas tal de "corona" de bucho vazio, o que nos rendeu um "porrito" e resolveu esticar no hostel, chegando aqui comemos pão integral e manteiga sem sal acompanhado com cerveja Quilmes (noooooossa, pensem num jantar altamente nutritivo)! Fomos dormir quase 3h30 da matina.

Levanta menina! Hora de camelar! Acordamos às 07h, porque ficar em albergue é pegar fila no banheiro! Depois comemos, perguntamos como se chegava ao Caminito e saímos!

Começamos o dia em busca de "cambiar" umas moedas para pegar ônibus, aliás... Os ônibus daqui são muito estranhos, eles parecem ter saído do século IX por fora e por dentro parecem uma cabine de cassino, pra pegar ônibus só com moedas e aí que começam os nossos problemas, parece que aqui é o inferninho das moeditas! Tentamos comprar um chiclete de $0,30 para pagar com $2 e lógico, receber as malditas moeditas... A funcionária do "quiosco" (já passada na casca do alho) olhou pra nossas caras bronzeadas e disse "no cambio" e mandou irmos no banco trocar "monedas"... (e o sol tostando pleno 8h da mañana) e lá fomos consultar o mapa pra achar um banco, fomos "camelar"!

Achamos o Banco La Nation, o que faltava de espaço dentro sobrava na desorganização e demora no atendimento... Primeiro que ficamos esperando até às 10h e só conseguimos sair às 11h30 e o cara do guichê ainda tirou onda com a cara da Érika (o otário deu dinheiro a mais e ela, honesta, foi devolver. Ele quase desenhou de que ela não sabia contar). Já cansadas e estressadas sem nem ter começado a peregrinação turística, fomos em busca da rua onde se pegava o ônibus pro Caminito (no La Boca)... Mas, antes disso fomos até a rodoviária para comprar nossas passagens para Bariloche. Íamos de Andesmar (que dizem ser a melhor empresa pra lá, depois da Via Bariloche), mas a VACA DA ATENDENTE estava nos atendendo com tanta vontade que desistimos de tentar estabelecer um contato com ela, fomos em busca da Via Bariloche achando facilmente e o atendente um amor de pessoa! Partimos amanhã às 13h30.

Em busca do Caminito... e continuamos até agora em busca do tal caminho pequeno, acho que de tão pequeno não vamos conseguir chegar lá! Enfim, olhando o mapa (de cabeça pra baixo) pegamos o sentido contrario da tal rua, após andar 10 quadras e não chegar a caminho nenhum resolvemos olhar direito o mapa, constatado a "antice" e tentando consertar, a merda parece que ficou maior ainda! Não deu outra, fizemos aquela cara de turista quando vimos que tínhamos andado léguas e pra voltar só com a misericórdia do Divino! Aí nessas horas só o metro resolve (triste ilusão)...

Dia do contrário mesmo!

Pegamos o metro, e pra variar pegamos na direção errada! Tivemos que ir até a última estação e voltar tudo de novo, pra então descer na justa estação da justa rua! Tão estonteantes de que nossos problemas estavam resolvidos, andamos em busca da parada (pq aqui cada parada é de um ônibus diferente). Nesse passeio de chapeuzinho, notei que estávamos andando no meio de uma avenida movimentadissima que parecia um calçadão (pq não era feita de asfalto e nem de pedra, e sim de grandes azulejos), corri e gritei "Cooooooooooorre! Olha o ônibus, vocês vão morrer"!!!! Consegui salvar a vida da Rafa e da Erika, mas em compensação todos que estavam passando pelo local pararam pra olhar a cara das três pálidas, e claro, rir da nossa cara. E, como viajar pra terras estranhas tem dessas coisas mesmo, caímos na gargalhada e até agora ainda to lembrando do "KING KONG" que pagamos. Acabamos entrando no museu das armas, que era pago e filamos um pedaço por 0800... Bem rapidinho e já aliviadas do susto, avistei a parada de longe e corremos pra lá... Dentro do ônibus, o troço de colocar as moeditas é invocado (eita, que matuto é osso), pra variar atrás de mim aguardavam ansiosamente os nativos (tentava compreender o buraquito de colocar as moeditas, RS).

Lindas, suadas e felizes aguardávamos dentro do ônibus o ponto de descida... Como já sabíamos que o Caminito é tudo muito colorido e do contrário disso as ruas que entrávamos e saímos ficavam ainda mais cinzas, resolvemos consultar o mapa, quando uma senhora (um anjo do Señor) perguntou onde queríamos ir e quando dissemos "Caminito" ela soltou um triste e pesar "No, estás no curso errado"... Putz, nessa hora o sangue ferve e os pés doem mais ainda! Mas, acredito numa coisa: se nada tá dando certo, não insista! A senhora bondosa também nos alertou que o melhor horário de visitar o Caminito é durante as manhãs, então já que estávamos próximo ao Zoo, resolvemos descer por lá e aproveitar! Desta vez, nada de caminhos errados (quer dizer, só dentro das trilhas do Zoologico, rs)...

A Rafa queria ver uma tal de girafa, putz meu, o Zoo daqui é enorme e depois da aventura durante o dia eu estava moorta! E, pra variar pegamos a trilha do Zoo que vai só até a metade e volta, pensando nós que a tal girafa era na saída (entendemos que saída era o mesmo lugar pelo qual entramos, não precisa nem contar o resto)... Depois dessa, acho que a Rafa vai passar o resto do ano falando dessa girafa (to lascada)... Dessa vez o caminho de volta pra casa (pelo metro) foi tranqüilo.... Quer dizer, nem tanto... RS

Esse lance de pensar em que idioma falar antes mesmo de falar está mexendo com a cabeça da Rafa!

Dentro do metro, ela "atropelou" uma mulher, esta olhou pra cara dela quase exigindo um pedido de desculpas, aí a Rafa tentando arranhar um portunhol, pensou em dizer "Perdón", mas acabou dizendo "permiso"... Que não tem nada a ver! A mulher ficou olhando pra cara dela sem entender bulhufas, aí ela soltou logo um sonoro aportuguesado "Desculpa" e já saiu correndo pra nossa parada.

Após sair do metro, fomos em busca de comer. A Rafa disse que tinha visto em algum canto uma pizza mussarela por $14 pesos (cerca de 7 reais), caro mesmo é a tal da Gasosa (refrigerante) que é metade do valor da pizza... Como não encontramos, resolver comprar alguma coisa no supermercado e tentando achar o supermercado achamos a tal pizzaria (cara, nosso dia foi punk mesmo!)... De uma coisa tenho certeza, comi a melhor pizza desde a última vez que comi uma no Piccolino em Manaus/AM.

Chegamos sã e vivas ao Hostel, bem... tem mais um evento que acabou de acontecer (******), porém só relato quando chegar em Fortaleza.


 

Nota do dia: "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece. No nosso caso, os pés padecem!"

Nota da night: não troco qualquer balada brasileira por um "boliche"(balada aqui). Agora eu entendi porque os gringos literalmente piram quando estão no Brasil. Atividade boa mesmo, só camelar e furar bilheteria nos museus (durante o dia).

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