“Ninguém volta ao que já deixou”

Estando eu no site do Sonora, fui vasculhar meus históricos de música e eis que acabei me surpreendendo com uma música que me fez retornar a 1996 quando eu me refugiava na música em busca de Paz. Nossa, escutar "O pastor – Madredeus" me fez ter boas recordações de um tempo gostoso que vivi. Uma época marcada pela inocência da minha adolescência e pela incompreensão que vivia em um momento delicado, com meu pai.

Nessa época estava começando a me interessar pelas letras e pelas melodias, estava começando a ouvir a música com o espírito, comecei a me envolver com a música de tal forma que acabei me vendo em todos os eventos que tinha na época. Cantamos no Teatro Amazonas, um belíssimo evento que o "CEFET-AM" promovia na época, participava de um grupo de ginástica rítmica em um projeto promovido pela Vila Olímpica (ainda no Amazonas) e ainda arranjava tempo para me dedicar às aulas de piano que tinha com a minha mestra de canto (ainda no CEFET-AM).

Foi uma época marcada pelos longos passos e pelas grandes decisões.

Cecília, era o nome da minha professora de canto, insistia em me ensinar a cantar para atingir o tom do soprano que eu deveria ser e só depois disto é que me ensinaria a tocar essa música. Ela era fã incondicional desse grupo português (Madredeus). Cecília era uma eterna apaixonada pelo que fazia, e isso me encantava porque ela entendia de música como ninguém, aprendi muita teoria sobre música e inclusive a ler uma partitura com ela, porém só fui aprender piano de verdade anos mais tarde com uma senhora mineira que coincidentemente também adorava essa música.


Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria.


 

Uma época que comecei a driblar as dificuldades, aprendendo com os meus sonhos e as minhas fantasias. Uma época nostálgica, de certa forma.

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