Nas páginas de Bridget Jones

Estou me sentindo nas páginas de Bridget Jones, quem assistiu a algum filme com esse título sabe exatamente do que estou falando, digo mais pro lado de que Bridget tenta de todas as formas sempre fazer "a coisa" certa, mas de alguma forma tudo acaba saindo pior do que ela poderia ter planejado. Estava eu cá feliz com meus pensamentos sobre os últimos lances que o destino me guardou para a data do meu aniversário, aí como um caminhão atropela um rato, tudo se transforma numa tormenta dia seguinte. Às vezes me pergunto se eu tivesse realmente intenção em piorar as coisas elas talvez não ficassem tão avessas do planejado, acho que é por conta disso que ultimamente não tenho planejado nada, me deixo só levar pelos acontecimentos.

Estava tudo muito perfeito, lembra daquele texto que digo que quando subo as escadas do meu apartamento eu sempre espero que algo surpreendente aconteça? Pois bem, aconteceu, e de brinde ainda tive um bolo, uma vela incendiária, balões que passaram a noite espocando e me assustando, uma amiga, uma irmã e um amor batendo parabéns pela minha data querida... Noite das Arábias, daqueles mil e um contos, tanto que estava igual ao Rei da fábula "Mil e uma noites" (não conseguia dormir), porque era tudo muito perfeito. Se eu estava sonhando não queria acordar e se estava acordada não queria dormir que era pra não ter a possibilidade de ter pesadelos ao invés de sonhos bons.

Só sei que Clarice Lispector estava mais que certa quando dizia que "uma pessoa não tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"... Eu sei que apesar de levar a mesma vida todos os dias não tenho sido mais a mesma, que queria ter tempo apesar de que não me resta tanto tempo assim, queria viver e arriscar mais, só que é hora de parar e viver mais compassadamente. Já não sou mais a garotinha de ontem, talvez nem a mulher de hoje porque a cada segundo que se passa já posso encarar como passado, também não posso viver o futuro porque ele sequer existe, o que me resta é aproveitar o hoje e viver através dele. Resta-me apenas ter fé e certeza de que tudo pode mudar a qualquer momento, só preciso ter uma conversinha com o meu gênio da lâmpada, porque os desejos que ele tem me concedido parecem ter "hora de validade", e isso não é coisa que se faça! Rs

E como Bridget, eu tenho um diário, cortei o refrigerante e os doces, diminuí as bebidas que contenham álcool, resolvi me desafiar mais (estudando) e mudar algumas atitudes em relação à antiga Bridget (Eu, no caso), toda mulher que se preze deveria assistir os filmes dessa mulher! Eu já assisti umas 7 vezes, pelo menos! Não que a vida retrate a tela, mas a tela retrata nada mais do que a vida, esse cotidiano louco e indomável... cheio de conseqüências e inconseqüências! Haja fôlego para escrever tanto sobre isso!

Só sei que é muito amor para caber dentro de mim, é a única certeza que tenho.

E no player toca "1234 – Feist"

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