El fotografias

Devo ter herdado de meu pai a vontade e o prazer em escrever o passado através das imagens, em olhar para uma expressão congelada em papel e lembrar de tempos tão saudosos.

Parecer com alguém que nunca conheci mas que certamente me conheceu, vê-la e notar a singularidade de nossos olhares.

É interessante como consigo lembrar de tão mínimos detalhes ao ver nossas fotos e não lembrar de momentos tão recentes, ao passar nossas fotos sabíamos o porque estávamos assim, ou o que foi dito no clique, se estava triste, alegre ou chateada, de quem era o vestido, qual era o lugar e a cidade, o dia especial, e etc...

Da infância, da adolescencia, das descobertas, me pergunto em que momento me perdi e em qual momento me programei para esquecer os mais recentes ou porque é melhor assim?

A pergunta seria, onde nos perdemos? Em que momento da vida esquecemos que éramos tão célula, tão companheiros, tão família?

Não sei se a surpresa foi boa, só sei que lembrar de momentos, aniversários ou apenas dos sorrisos espontâneos para uma foto em um dia qualquer me fez sentir aquele nó na garganta que há muito não sentia...

Não sei se criar filho para o mundo é uma boa idéia.

É a dura hora de crescer e ser gente grande...


Ouvindo Dido.

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