Meu 1º EGO POST de 2010

Ultimamente tenho lido muito P. Leminski, acho que a leitura pode ter influenciado essa nova fase (nem tão nova assim) ou a nova fase pode ter inlfuenciado a leitura, enfim... Após um inverno de poucas nuvens, do tipo de chegadas e partidas (mais chegadas, que partidas) resolvi dar mais chance a vazão de sentimentos, alguns urgentes outros nem tanto assim, experimentando... Aquela velha frase: hoje é meu último dia de vida!

Divagando...

Gosto de Paulo Leminski porque no mesmo modo como ele é cru, consegue ser macio (tá, em alguns muitos escritos não, confesso), mas o cara não enfeita essa coisa toda de "amor comestível" (aquele que você compra pra uma vida inteira só pra ter dor de barriga)... Não sou contra o amor meloso, melodramático (até porque numa época remota fui assim) e com isso acabei descobrindo e aceitando (depois de casar e descasar), a parte mais difícil, que o amor não é essa coisa comercial que rola solto por aí, na verdade não sei nem se o amor é realmente amor.

Deixa explicar:

O Amor comestível é aquele que te vendem desde criancinha, é aquele amor que você sonha em encontrar, aquela coisa de "Amélia que era mulher de verdade", que às vezes parece tão irreal e impossível que quando você acha que encontra, tem medo de perder. Aí te traz problemas cardiácos, intestinais e por aí vai... Você fica com olheiras, algumas engordam, outras emagrecem. É uma coisa de contos de fadas com reações adversas.

Enquanto o Amor não comestível, mas "vivível" que é o real da coisa, é antes de tudo o respeito, limite e privacidade. Eu acho que essa é a chave (se é que existe alguma). É não gerar expectativas, é viver um dia de cada vez, é não se entregar por completo (se escravizando ao sentimento), é se guardar um pouco, é ter reações medidas para ter tempo de receber os resultados. É, antes de tudo, se amar primeiramente pra depois amar outra pessoa. É se resolver!

Ninguém dá equilíbrio pra ninguém, isso quem te dá é os seus pés. Ninguém dá segurança pra ninguém, isso vem de dentro de você. A maioria dos nossos intempérios amorosos se dá porque projetamos uma imagem de alguém que queríamos ser e ter em cima de outra pessoa, que assim como pode ser cheia de qualidade também vem cheia de instruções de uso.

Relacionamento é uma coisa complicada, porque às vezes quando você quer estar perto de alguém o outro pode não estar na mesma sintonia que você, nesse ponto é que entra a tal da privacidade e do limite territorial (respeitar isso também é bom). Porque é justamente nesse tempo a sós, que a outra pessoa descobre o seu desejo de fazer acontecer.

Agora, tudo nessa vida tem dois lados e dois pesos.  E todos somos seres racionais muitas vezes irracionais, mas isso não deve virar rotina e nem se fazer como desculpa.

E a minha resposta é não para o que você está pensando! rs.. Eu não paguei analista, psicólogo ou psiquiatra (até porque sou adepta da filosofia: "um mínimo de loucura para tornar a vida mais colorida"). Isso tudo se deve ao fato de que exatamente 01 ano atrás eu estava numa fossa desgraçada, após a minha separação, e não me permiti curar uma dor de barriga com mais "Amor comestível" fui em busca dessa tal liberdade que muitos pregam e poucos encontram, essa que só existe dentro de nós.

Sabe o que eu fiz? Viajei, estudei, conheci pessoas, troquei experiências, investi na Dany que um dia tinha se deixado escravizar pelo sentimento, quando digo isso é importante frizar "pelo sentimento" e não pela pessoa, é isso que usamos como desculpa muitas vezes, é melhor culpar outro do que procurar em nós a razão de tudo isso.

E, esperei sentir essa tal liberdade, que hoje ruge no meu peito!

O importante é manter a mente aberta e o espinha ereta!
E não esquecer nunca que viver é mais importante do que sofrer.

"Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é  ainda vai nos levar além." (Paulo Leminski)

0 comentários: